RIO - Os operários que trabalham nas obras do Mineirão para a Copa de 2014 decidiram entrar em greve na manhã desta quarta-feira. Eles reivindicam melhores salários e condições de trabalho. Os trabalhadores estão dentro do estádio, no canteiro de obras, aguardando negociação, informou o Sportv. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte, 500 funcionários aderiram à paralisação. O responsável pela obra é o grupo Minas Arena, composto pelas empresas Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda.
As obras em estádios têm sido motivos de preocupação para a Fifa e o governo brasileiro. Em abril, a presidente Dilma Rousseff, preocupada com os atrasos, deu ultimato a prefeitos e governadores para que divulgassem, a partir de junho, balanços trimestrais sobre o andamento das construções e reformas. Ela chegou a dizer que assumiria pessoalmente a coordenação dos trabalhos para o Mundial.
Em março, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou o andamento das obras, embora três semanas depois tenha voltado atrás e dito que o ritmo estava bom e que tinha recebido "informes muito positivos".
Em maio, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler, criticou regras da medida provisória que dribla exigências da Lei de Licitações para acelerar obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. O ministro disse que os gestores brasileiros não estariam preparados para cumprir a regra que prioriza a contratação por empreitada - quando o poder público estabelece as diretrizes do que quer contratar e as empresas interessadas apresentam um preço global.
No mesmo mês de maio, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, mostrou otimismo.
- Acredito que na virada de 2011 para 2012 a percepção sobre a preparação do Brasil vai mudar, porque o estágio da preparação dos estádios será muito diferente. Estou muito confiante nessa virada - declarou, na ocasião.
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