Nesta quarta-feira (29), às 19h, o prefeito José Fortunati deve participar da assembleia das comunidades da Divisa e do Cristal, zona Sul de Porto Alegre, para tratar dos impactos da duplicação da Avenida Tronco.
A ida do prefeito à região é uma reivindicação antiga das comunidades e somente foi atendida após as lideranças e moradores se negarem a responder o cadastro socioeconômico do DEMHAB (Departamento Municipal de Habitação) por não terem respostas concretas da prefeitura de onde irão morar.
A ida do prefeito à região é uma reivindicação antiga das comunidades e somente foi atendida após as lideranças e moradores se negarem a responder o cadastro socioeconômico do DEMHAB (Departamento Municipal de Habitação) por não terem respostas concretas da prefeitura de onde irão morar.
O grande problema é que entre 1,5 mil e 1,8 mil famílias terão que ser removidas para a duplicação da avenida, a principal obra de mobilidade de Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014. E, até o momento, a prefeitura municipal adquiriu áreas para realocar apenas pouco mais de 400 famílias na região. Não se sabe para onde vão o restante das famílias.
Em entrevistas para a mídia, a prefeitura diz que as obras da Tronco irão iniciar em 2012. No entanto, para as comunidades da Divisa e do Cristal, Fortunati apenas diz que a prefeitura está analisando áreas para serem compradas na região a fim de realocar as famílias. Não é dado nenhum tipo de prazo ou garantia; muitas promessas, da boca para fora. O prefeito nega que as famílias irão ficar em casas de passagem e que poucas irão para o aluguel social, mas não fala como irá conseguir realocar os moradores (ou boa parte deles) até 2012, já no ano que vem.
Fortunati também não se pronuncia sobre a área das cocheiras do Jóquei Clube, área pública na região do Cristal, bastante visada por construtoras, que foi reivindicada para moradia popular pelos moradores na audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores no dia 27 de Abril. Não se pronuncia ainda sobre o motivo que o levou a enviar à Câmara de Vereadores, em Dezembro do ano passado, um projeto de lei que objetivava gravar AEIS (Área Especial de Interesse Social) para o Programa Minha Casa, Minha Vida, mas “escondidinho”, em seu último artigo, retira para as obras da copa o direito da população à garantia de reassentamento na mesma região de pelo menos 80% das famílias. Não explica porque a base do seu governo na Câmara se nega a assinar o projeto de lei encaminhado, para revogar este artigo que trouxe tanto pesadelo às famílias do Cristal, com o simples argumento que inviabiliza a Copa.
Será que desta vez as comunidades terão respostas concretas?
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