Jorge Seadi - Sul 21
As obras de ampliação e reforma de nove dos 12 aeroportos das cidades que serão sede da Copa do Mundo não estarão concluídas até 2014. O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está entre os nove. A informação consta em relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). que diz que a “situação é preocupante”.
De acordo com nota técnica divulgada hoje (14), em Brasília, considerando-se os prazos médios para elaboração de projetos, obtenção de licenças obrigatórias, realização de licitações públicas e início de serviço, “muito provavelmente não será possível concluir a maioria das obras de expansão dos terminais aeroportuários até a Copa de 2014″.
Os técnicos do IPEA informam que uma obra de infraestrutura em transporte não fica pronta antes de 92 meses, ou seja, 7 anos. Com base em informações da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária ), os técnicos do IPEA estimam que as obras dos aeroportos de Manaus (AM), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP), e Cuiabá (MT) não estarão concluídos antes de 2017.
Nos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e Salgado Filho, em Porto Alegre, as obras não terminam antes de 6 anos e meio, apesar dos projetos já estarem prontos.
Carlos Campos, responsável pelo estudo realizado pela IPEA, diz que “há tempo hábil para que os investimentos necessários em pistas, pátios e nos terminais provisórios sejam feitos até 2014. Nossa preocupação maior é com os investimentos mais complexos, ou seja, nos terminais permanentes de passageiros”.
Aeroportos operam acima da capacidade
Catorze dos 20 maiores aeroportos do Brasil — 70% da movimentação total dos aeroportos — operam acima de sua capacidade, indica nota técnica divulgada hoje (14) pelo IPEA. Segundo os técnicos do instituto, isto se deve não apenas ao aumento de usuários de transporte aéreo, mas principalmente porque os investimentos públicos no setor, apesar de terem aumentado, continuam sendo insuficientes para atender às necessidades de adequação da infraestrutura aeroportuária.
O IPEA revela que em 2003 foram investidos R$ 503 milhões, subindo até R$ 1,3 bilhão no ano passado, volume insuficiente pela demanda de passageiros. “Isto demonstra que há necessidade de aumentar os investimentos futuros”, ressalta Carlos Campos.
Os técnicos do IPEA afirmam que a Infraero necessita de um “choque de gestão” para otimizar a aplicação de recursos que foi autorizada a gastar. De 2003 a 2010, a estatal executou apenas a média de 44% do valor autorizado. Até o ano da Copa, 2014, a Infraero projeta investir R$ 5,23 bilhões em 13 aeroportos que são citados pelo IPEA.
Com informações da Agência Nacional
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