sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Comitês Populares lançam campanha contra Lei Geral da Copa

Por Agência Pulsar

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas anunciou na terça-feira (24/1), durante uma coletiva de imprensa em Porto Alegre, que vai dar início a uma jornada de lutas para impedir a aprovação da Lei Geral da Copa.

Representantes dos Comitês de Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre apontaram que as denúncias de violações de direitos são praticamente as mesmas nas cidades que se preparam para receber os jogos.

Dentre as principais violações provocadas pela realização dos megaeventos esportivos estão as ameaças de remoção e a desapropriação de milhares de famílias, a criminalização da pobreza e de movimentos sociais, e a criação de leis de “exceção”. A Lei Geral da Copa, cujas regras foram criadas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), foi criticada.

Para Thiago Hoshino, do Comitê Popular de Curitiba, a Lei, que está tramitando na Câmara dos Deputados, “consolida uma dupla atuação do Estado”: cria uma frente de “militarização” e, ao mesmo tempo, se torna fiador de negócios privados ao atender interesses de grandes empresas. O termo "militarização se refere aos processos de repressão por parte das autoridades governamentais.

A Lei propõe, dentre outras coisas, a criação das chamadas “zonas limpas”. De acordo com Thiago, estas áreas, próximas aos estádios, são alvos de um processo de “higienização étnica e social” que significa a expulsão da população pobre.

A jornada de lutas da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas vai se estender até as atividades realizadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Dentre elas, está a Cúpula dos Povos, evento paralelo à oficial, que será lançada essa semana em Porto Alegre durante o Fórum Social Temático (FST).

Ouça os áudios da coletiva de imprensa no link: http://www.brasil.agenciapulsar.org/nota.php?id=8501

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