Crédito: Leandro Anton/ Quilombo do Sopapo |
O Ato Copa para quem? - Tribuna Popular da Copa: julgando o AI6 juntou cerca de 500 pessoas no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, na sexta-feira, 14. Pela paralisação imediata das remoções das famílias atingidas pelas obras da Prefeitura Municipal, de preparação para a Copa de 2014, e a não privatização dos espaços públicos. O ato na Capital gaúcha foi uma das atividades da Jornada Nacional "Copa pra quem?", que aconteceu nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, organizada e convocada pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) e a Resistência Urbana - Frente Nacional de Movimentos. Manifestações semelhantes com a de Porto Alegre também aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba (PR) e Natal (RN), entre outras.
“Famílias que
estão sendo removidas exigem respeito”, disse Claudia Favaro do Comitê Popular
da Copa de Porto Alegre. Só a duplicação da Av. Tronco, que corta a Vila
Cruzeiro e o bairro Cristal, na zona sul da cidade, e que é uma das principais
obras para o evento na capital, implica a remoção de 1.500 famílias que
convivem com a incerteza. Muitas casas já foram demolidas, mas as novas
unidades habitacionais da região não foram construídas. “Estamos pedindo
moradia digna e lutando por nossos direitos”, disse José Araújo, morador da
região.
Os moradores
recebem um “Aluguel Social” para ficarem aguardando a construção de novas
casas. Os que não podem esperar acabam por deixar a região, recebendo o valor
de R$ 52 mil. Este é um valor que não permite a compra de uma casa na região. A duplicação da
Av. Tronco é uma obra necessária há muitas décadas. A Copa do Mundo de 2014
está a fazer com que a obra aconteça sem cautela, sem tranquilidade e sem o
respeito devido da vontade e dos direitos dos moradores atingidos.
O Ato no Largo
Glênio Peres, que questionou os efeitos da Copa de 2014, defendeu como pauta: a
paralisação imediata de todas as remoções até que se abra um diálogo com as
comunidades envolvidas, se construam as unidades habitacionais na mesma
região/local como no caso das 1.500 famílias atingidas pela duplicação da Av.
Tronco e pelas mais de 2.000 que vivem em torno da Arena do Grêmio; e a investigação
imediata e repúdio ao incêndio na Vila Liberdade e à ação efetiva da
especulação imobiliária na região.
O coletivo Largo
Vivo dinamizou o ato, que começou às 18h30min, com shows de rock a partir das
20h. O coletivo é responsável pela ocupação de vários espaços públicos em Porto
Alegre.
Contra a criminalização dos movimentos sociais, a entrega de áreas públicas à iniciativa privada, a exploração sexual, a privatização dos espaços públicos, por justiça ambiental e pela demarcação imediata das terras dos povos indígenas Terena, Guarani Kaiowá e demais povos originários e Quilombolas, o movimento Ocupa Árvores, a Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas e o bloco de luta contra o aumento da passagem juntaram-se ao ato que foi observado de perto pela Brigada Militar, mas decorreu sem violência.
Contra a criminalização dos movimentos sociais, a entrega de áreas públicas à iniciativa privada, a exploração sexual, a privatização dos espaços públicos, por justiça ambiental e pela demarcação imediata das terras dos povos indígenas Terena, Guarani Kaiowá e demais povos originários e Quilombolas, o movimento Ocupa Árvores, a Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas e o bloco de luta contra o aumento da passagem juntaram-se ao ato que foi observado de perto pela Brigada Militar, mas decorreu sem violência.
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