Plenária realizada na última sexta-feira, no Sindicaixa. Crédito: Katia Marko |
Porto Alegre irá levar uma delegação de 40 pessoas, em que estarão moradores das vilas Dique e Cristal-Tronco, comunidades diretamente atingidas e despejadas pelas obras da Copa do Mundo na capital. Também irão representantes das vilas Icaraí (ao lado do Hipódromo do Cristal) e do Morro Santa Teresa, das comunidades da zona rural da cidade e dos moradores de rua, os quais são afetados pela especulação imobiliária, processo bastante impulsionado também pelo megaevento e que vem expulsando os mais pobres de regiões consideradas nobres. Movimentos sociais e entidades parceiras do Comitê Popular, entre eles o Bloco de Luta pelo Transporte 100% Público, Defesa Pública da Alegria e Ocupação Saraí participarão do encontro.
Ao todo, cerca de 400 pessoas das 12 cidades-sede da Copa do Mundo no Brasil estarão no 1º Encontro dos Atingidos pelos Megaeventos e Megaempreendimentos. O objetivo da atividade é ser um espaço de discussão e de denúncia sobre os impactos da Copa do Mundo à grande parte da população brasileira, especialmente às comunidades atingidas pelas obras, despejadas e que enfrentam, agora, a militarização e o uso intenso das polícias pelos governos, com a desculpa de trazer segurança durante o evento. No encontro, os participantes planejarão ainda um calendário de lutas para o próximo período, a fim de tornar públicos os mais diversos desrespeitos aos direitos da população promovidos pela Copa e pelos governos.
Plenária gaúcha
Na última sexta-feira (25/04), o Comitê Popular da Copa Porto Alegre realizou a plenária gaúcha de organização do encontro, ocorrida no auditório do Sindicaixa, na Capital (foto acima). Os representantes do comitê fizeram uma breve recuperação histórica da articulação, que atua desde 2011 na cidade. Também fizeram a apresentação da programação do encontro de Minas Gerais.
As comunidades e organizações presentes debateram, na ocasião, sobre a importância de levar as experiências de luta e de resistência aos despejos forçados e aos desrespeitos aos direitos da população.
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