Seleção de fotos feita pelo Quilombo do Sopapo
A duplicação da Avenida Tronco é considerada, pela prefeitura de Porto Alegre, uma das obras prioritárias para a Copa do Mundo de 2014 na cidade. A via alternativa liga diretamente outras regiões da Capital ao Estádio Beira-Rio, onde ocorrerão os jogos do evento - viabilizando a chegada dos torcedores ao local.
Entrega da carta para Marcos Botelho, secretário adjunto do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) |
No panfleto distribuído durante o protesto, as manifestantes salientam que "as remoções, de maneira geral, têm sido feitas de forma arbitrária, onde as únicas alternativas ofertadas pela prefeitura são o aluguel social e o bônus moradia". Também argumentam que a moradia adequada foi reconhecida como direito humano em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tornando-se um direito humano universal.
“Nós não somos contra o progresso. Nós somos contra a inversão da prioridade. Nós somos contra priorizar a avenidade do que as moradias. Nós somos contra não considerar a história das pessoas. Eu nasci e me criei na Tronco. Hoje, não tenho nenhuma condição real de ficar aqui, porque as moradias não estão sendo construídas, não tem previsão de serem entregues”, desabafa Bruna Rodrigues, moradora do local desde o nascimento, sobre a pressão que a Prefeitura coloca sobre a comunidade para que deixem suas casas, mesmo sem a garantia de novas moradias.
Cerca de 8 mil famílias porto-alegrenses, cerca de 36 mil pessoas, serão afetadas por causa das obras da Copa.
Mística de encerramento do protesto na Avenida Tronco |
Veja o vídeo do Coletivo Catarse é sobre a manifestação que as mulheres fizeram hoje:
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