Falta de diálogo com moradores marca obras da Copa do Mundo
Os gastos com a Copa do Mundo no Brasil podem chegar
aos 100 bilhões de reais . Dentro do
projeto de obras para a Copa está prevista a remoção de 250 mil pessoas das
suas casas (entre removidos e ameaçados de remoção).
Os moradores não conhecem os projetos das obras. Não
há diálogo, negociação e participação popular na elaboração destes projetos
para a Copa do Mundo. Na hora de sair das suas casas os moradores ficam despreparados,
sem tempo para realizar sua mudança de modo organizado. Os moradores também se
queixam da ausência da cópia do contrato que assegura a posse de suas novas
habitações.
Para as pessoas que já deixaram as suas casas os
problemas não se resolveram com a entrega de uma nova moradia: são removidas
para lugares de difícil mobilidade, sem fácil acesso a transportes, sem
escolas, sem postos de saúde, entre outros serviços essenciais. Para os atuais
moradores das áreas previstas paras o projetos de obras para a Copa, o problema
reside na incerteza: se vão ser realocados ou se vão receber algum tipo de indenização
finaceira.
Até que o diálogo e a negociação sejam assegurados
os despejos planejados devem parar. AS comunidades que habitam as áreas de
interesse estão desafiando este projeto. Na rua ou dentro das suas próprias
casas, tentam resistir e parar os projetos de obras, mas a violência policial
tem sido a marca das remoções no Brasil.
A Anistia Internacional reconheceu que a situação
enfrentada pelos brasileiros removidos ou ameaçados de remoção pelo projeto de
obras da Copa do Mundo é uma violação do direito humano à moradia.
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