quarta-feira, 29 de maio de 2013


Falta de diálogo com moradores marca obras da Copa do Mundo

Os gastos com a Copa do Mundo no Brasil podem chegar aos  100 bilhões de reais . Dentro do projeto de obras para a Copa está prevista a remoção de 250 mil pessoas das suas casas (entre removidos e ameaçados de remoção).

Os moradores não conhecem os projetos das obras. Não há diálogo, negociação e participação popular na elaboração destes projetos para a Copa do Mundo. Na hora de sair das suas casas os moradores ficam despreparados, sem tempo para realizar sua mudança de modo organizado. Os moradores também se queixam da ausência da cópia do contrato que assegura a posse de suas novas habitações.

Para as pessoas que já deixaram as suas casas os problemas não se resolveram com a entrega de uma nova moradia: são removidas para lugares de difícil mobilidade, sem fácil acesso a transportes, sem escolas, sem postos de saúde, entre outros serviços essenciais. Para os atuais moradores das áreas previstas paras o projetos de obras para a Copa, o problema reside na incerteza: se vão ser realocados ou se vão receber algum tipo de indenização finaceira.

Até que o diálogo e a negociação sejam assegurados os despejos planejados devem parar. AS comunidades que habitam as áreas de interesse estão desafiando este projeto. Na rua ou dentro das suas próprias casas, tentam resistir e parar os projetos de obras, mas a violência policial tem sido a marca das remoções no Brasil.

A Anistia Internacional reconheceu que a situação enfrentada pelos brasileiros removidos ou ameaçados de remoção pelo projeto de obras da Copa do Mundo é uma violação do direito humano à moradia.



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